vitimas somos nozes

Somos mesmo livres? Será que não somos marionetes de uma sociedade maluca, que vive culpando o outro porque tem medo de enxergar as próprias besteiras?
Bem..vou tentar espremer um pouco minhas idéias porque a biblioteca ta quase fechando.
Marionete é uma palavra bonitinha, não é mesmo? Esse final de semana na Gran Canária na primeira noite dormimos no carro.. eu e mais três gurias. Olha a loucura que aconteceu. No meio do paraíso dessa ilha, que pra mim significava segurança máxima, uma delas simplismente tava com um olho na testa e outro nas costas, apavorada! Eu não acreditava.. 
Somos livres mesmo? Até que ponto? Somos os verdadeiros puppets de uma marginalização que não para nunca. Acabamos sendo domesticados pra não confiar, nunca realmente relaxar.
Eu acabei sendo bem criada pela minha melhor amiga Paola.. uma tal maluca que eu amo que me ensinou bem os prazeres da vida: como andar na redenção pela noite e fazer amizades... hoje sou uma pessoa muito mais feliz! haha
Mas falando sério.. somos vítimas do que vivemos. Quando cheguei aqui em Portugal  fui voltar de onibus com uma amiga. Estavamos sozinha e era de madrugada. Veio dois caras falar com a gente. A primeira coisa que pensei era que ia ser assaltada quando na verdade eles só queriam um cartão pra fechar um baseado. Culpa do que? SOCIEDADE!
Já faz alguns meses que to aqui e me sinto diferente andando na rua a noite. Se vejo alguém, não faço questão de me esconder porque o primeiro pensamento que passa na minha cabeça não é negativo, não cultivo mais coisas ruins (OBVIO que a violencia é bem menor, não sou cega e nem burra).

Mas dia após dia criamos mais medo nas nossas cabecinhas, nos fechamos nos nossos murinhos, evitamos contato com pessoas que não conhecemos.. é um ciclo.
O caso é que não é só no sentido da violência que tais coisas acotecem.
Ontem quando fui pegar o onibus cheguei na paragem e cumprimentei dois senhores que tavam la. Ai eles perguntaram o que eu falei e eu disse que eu estava sendo educada e eles começaram a fazer gracinha do tipo ´voce gosto mais dele ou de mim?´ ´voce é daqui?´. E eu fiquei puta, respondi muito ríspidamente pra eles. Depois pensei que não era necessário ter sido tão grosseira, mas na verdade como eu já passei por alguns preconceitos quando cheguei aqui por ser brasileira, já nem penso quando me sinto desrespeitada.
Da pra dizer que é o mesmo mecanismo da violencia. é pessimo dizer que eu sou vitima do preconceito e por isso agi assim, mas é a real oras bolas!

as fotos sao de gran canaria e uma delas é do frango que eu levei passear (ele me levou...)
e quase natal.....