quarta-feira, 18 de abril de 2012

Uma básica confusão mental e sentimental.

Creio que muitas vezes as coisas estão "normais", pelo menos no meu ponto de vista estão equilibradas. Sentimentos no seu devido lugar, atividades diárias funcionando normalmente. Engraçado como um pequeno gatilho faz despencar aquela harmonia rotineira. Talvez uma frase, um sentimento ou acontecimento que faz renascer em nós o que tentamos deixar adormecer. O problema não é desequilibrar,  o importante é saber como lidar com o desequilíbrio. As vezes se não gastassemos toda nossa energia pensando em como, de repente, estamos desequilibrados, ou o quanto nos falta, a vida seguiria normalmente e a tempestade viraria sol sem tanto "blablabla". 

Não seria bom termos um problema, sorrir para ele e aí aloca-lo num espacinho reservado da nossa cabeça? Que ele fique ali, até o momento de ser solucionado, porque antes..antes não vai ter solução e ficar remoendo só vai piorar.

domingo, 8 de abril de 2012

Nossa!!! Quase um ano sem escrever...
se eu contasse a verdade diria que meu cérebro esta reduzido a pelo menos 20% do que era. As palavras me fogem e as idéias se misturam de uma forma que perco o "expressar". Por que será que tudo que gosto de fazer são verbos?
cri cri
É nesses momentos que a gente se dá conta que algumas perguntas não deveriam nem ter sido pensadas e as respostas então.. pensar e responder: outros verbos (fucking verbs around!!).
Até parece que eu vivo de ações!

Vamos ser honestos.. ações.. será que as pessoas conseguem mesmo agir (verbo!)?

Vou dar um exemplo.. estava falando com uma amiga que gosta de um cara. Olhando de fora percebo que ele não está nem aí pra ela. Quer dizer, está.. está aí pra sair (verbo) com ela, está aí quando se sente (verbo) sozinho e vocês conhecem o final.. o que ele quer, nao quer e etc. Ela, minha amiga, se sente valorizada com as pequenas atenções dele. É aquele momento da vida em que transformamos UMA qualidade NA qualidade e OS defeitos NUM pequeno defeito..
Cheguei pra ela e disse: "acho que esta na hora de tu conversar com ele ou pular fora...". Conversar: colocar os pontos nos "is", falar o que pensa e sente em relação a eles. Pular fora: esquecer dessa história, afinal, não é a primeira nem a última.
Pois bem, ela até decidiu AGIR. Decisão que não durou minutos... o medo de agir, o medo dos resultados da ação, o medo, medo, medo, causado por pensar (verbo) em agir (verbo) fizeram com que ela continuasse simplismente...empacada!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pra nao dizer que nao morri, nao mudei, tambem nao amadureci..
Mentira, nao tem como saber.
Acho que mudei em alguns aspectos, regredi em outros. Acredito de boa fe que sim.
Agora eu me encontro em Londres, cidade maluco, gostosa, desconhecida... as vezes da vontade de ficar aqui por muito tempo. As vezes da vontade de ficar em casa e nao fazer nada.
To trabalhando num cafe, da pra dizer que ando tendo algumas complicacoes.. algumas por minha causa, minha distracao, meu jeito de ser no mundo da lua... outras nem tanto mas acho que nao preciso entrar no merito da coisa... tudo tem uma razao de ser, nao 'e? Talvez eu s'o precise aprender um pouco mais com a vida (e acho que a vida tem que aprender muuuuuuuito comigo!)
Da pra entender? Acho que as pessoas tem que aprender a relaxar, so isso..levar a vida simplismente
prefiro ser uma tal amelie poulain, tranquila e de bem do que um sabe tudo com um ego intelectual frustado..

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sinto um vácuo mental... não tenho críticas a fazer ao mundo, talvez nem elogios...
Não tenho um assunto polêmico pra escrever, nem uma mensagem positiva. Pudesse eu escrever sobre política, desenrolar frases e frases dos acontecimentos atuais e argumentar bem sobre tudo que acontece hoje, mas honestamente eu não posso. Meu umbigo é maior e meu interesse momentâneo é minha própria vida, na verdade, pra ser sincera estou até com preguiça (mais uma vez).

Depois de viajar por uma semana Portugal (da para se dizer que muito de Portugal), tenho o direito de estar com um pouco de preguiça e querer descansar. Engraçado pensar que ser turista também cansa, poderia ser profissão, bela profissão...

Meus pais chegaram na semana passada e desde então não paramos. Descemos ao Algarve de carro (não chegamos ao alentejo porque não tivemos tempo). Por dia pudemos parar em várias cidades. Portugal é um país extenso, obviamente que nem se compara ao Brasil, mas as cidades são muito pouco povoadas. A maioria tem várias igrejas, algum castelo, um lindo campo.. Por sorte essa semana o tempo tava ótimo e a temperatura média foi uns 15 graus eu acho.. sei que pra mim tava quente. Íamos parando, conhecendo os monumentos que nos interessava e seguindo. Acho que fizemos mais de 1600km. fomos pelo leste, voltamos pelo oeste.

Em uma semana conheci um Portugal que em 6 meses não fazia idéia que existia. Minha mãe abriu meus olhos pra um tipo de povo que eu não percebi que habitava o país. Eu digo, próprios portugueses de piada mesmo. Colonizadores do Brasil. Que fazem obras sem pensar na sua utilidade, que cobram entrada (e cara comparada a outros países europeus) pra visitar monumentos históricos mas não conseguem mantê-los intactos.  Conheci melhor a cultura, a comida (que pra ser sincera, tirando o pastel de nata - vulgo pastel de belém, não faz muito meu tipo). Porém, a paisagem do país é linda, maravilhosa. Os campos, cheios de cortiça, oliveiras, parrerais. A serra da estrela com pedras e neves. Pinhão, todo feito em degraus, com plantações de parreiras e o douro no meio (rio Douro). Muito show. Cabo da Roca, ponto mais oeste do continente europeu, com o mar azulão... Portugal tem muita riqueza, mas tem que cuidar melhor dela. Pena eu não ter fotos pra mostrar.

Foi muito bom ver a família tb, ficar junto, ser mimada hehe. Pensei que seria mais difícil depois de tanto tempo sozinha conviver em grupo. Um grupo nunca é fácil, cada um tem a sua opinião e é isso. Num grupo de amigos eu acho que as coisas são mais fáceis porque o que une são as afinidades mas numa família o que une são os laços de sangue. Mas eu gostei muito de ver todo mundo depois de tanto tempo e apesar de eu achar que poderia (eu) ter mudado alguma coisa, acho que no fundo não mudei não. Continuo a mesma chata. Mas um tempo sem ver as pessoas nos fazem refletir sobre algumas coisas...

com certeza tenho muita sorte por todo apoio que recebo dos meus pais e da minha irmã.

Agora vamo que vamo..meus ultimos dois dias no Porto. A maioria dos meus amigos já foi embora mas mesmo assim, essa cidadezinha me conquistou legal. tão gostoso poder ir e vir a hora que eu quiser e to me dando super bem com o casal que ta morando comigo.

Estranho que muitas vezes a gente fica tão ansioso pro futuro, esperando, planejando, querendo sempre que chegue o dia seguinte. O dia de hoje nunca é o suficiente. Mas aí quando chega a hora de virar a página, finalizar uma etapa da vida, tudo fica tão mais difícil...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

..

Se eu fosse sincera, ao menos por agora e dissesse o que estou sentindo, acho que tudo se resumiria a isso @#$@#$$%!^^$%&%#^&^

Agora, duvido que o melhor dos terapeutas ou até o melhor manual de tradução (podem usar o google!) poderia entender de fundo o que se passa.

Falei pra um amigo que minha sensação é estar momentaneamente empacada e ele me responder "mas tu tem só 22 anos Liza!"

22? de repente perdi dois anos da minha vida? até uns minutos atrás eu tinha 20...

Bom, na verdade acredito que tudo é por causa dos vem e vai dos ultimos tempos. De repente a vida deu uma cambalhota (eu ia até usar o exemplo dos 360 graus mas pros inteligentes, EU FUI MAIS RAPIDA HAHA!). A época do Porto está chegando ao fim e pra ser sincera eu quero que acabe, logo! Foi uma época boa, com boas lembranças, pessoas maravilhosas, mas está na hora de virar a página..mas parece que ela não quer virar. O tempo, parece não passar, meus pais parecem não chegar e Londres parece estar longe.

Como uma criança que cansa de chupar pirulito, eu cansei de não fazer nada no Porto. De esperar o tempo passar, que coisa mais chata que é o tédio! Já perceberam que o tédio é uma porta pro desespero, pra falta de disciplina, pra sentimentos ruins e depois de um tempo pra uma espécie de ócio continuo?

A minha falta de disciplina tem me irritado e muito! Acordar, não fazer nada, não conseguir levantar da cama.. parecia tão bom quando não tinha acompanhado de sentimento de culpa e inutilidade. Almoçar uma lasanhar pronta, jantar um mac donalds, ficar vendo seriado e continuar sem fazer nada. Almoçar as 10 da manhã, jantar sabe-se lá que horas, dormir as 2h e assim vai. Um dia ok, dois ok, tres ok, quarto tédio, quinto saco cheio, sexto loucura, sétimo hospício..mais ou menos assim que as coisas acontecem.

Vejo como um pouco de rotina faz bem, pra saude mental primeiramente. Quero virar propaganda de caixa de cereal. Daquelas que parecem que acordam as 8 da manhã, felizes e prontas pra começar o dia rotineiro cheio de energia e feliz.

Estou procurando disposição, energia, motivação...



* Sábado meus pais estão chegando no Porto com a minha irmã, coisa boa! Esperei muito por esse momento e vai ser ótimo :) fora isso, hoje peguei o Yellow Bus aqui no Porto (o onibus turistico) pra me preparar e dizer que conheco a parte turistica (apesar de nao ter descido do onibus nenhuma vez, por preguiça e frio e por já conhecer a maioria dos pontos turisticos - só desci na praia porque...é praia.)

E ontem foi muito bom sentar um pouco na beira da ribeira e pensar um pouco em todos os meus amigos que voltaram pro Brasil. Lembrei de tantos momentos nossos por ali, pensei que o Porto nunca mais vai ser o mesmo pra mim sem essas pessoas e que quando eu voltar aqui, com 30 ou 40 anos, tudo vai ser muito estranho.

as fotos sao de uma janta que eu thay fizemos (comida brasileira, deliciosa) pro frank e pro lucas, dois alemaes muito gente boa na casa do pablo. outra nós com o lucas que é igual ao justin biber (?) e umas do marrocos



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

sensações, pensamentos, dunkin donutsss

O que rege as sensações?

porque as vezes nos sentimos sozinhos, outras nos sentimos grandiosos, abanados, super poderosos? Uma vez eu estava sentada no banco traseiro do carro, pensativa e tive a sensação de poder conquistar o mundo. De saber que se eu quisesse, poderia apenas começar e as coisas dariam certo, tudo era uma questão de começar. Montar uma lojinha de Dunkin Donuts no centro de Caxias do Sul, perto do colégio São José, onde as crianças sairiam da aula e iriam comer meus Donuts, acreditei que viraria milionária e por alguns minutos pensei ´eureka´. Senti a adrenalina do meu corpo a mil, já estava pensando onde iria conseguir um sócio para me acompanhar e um empréstimo. Também um bom lugar para colocar a lojinha, tinha que ser perto do colégio, para as crianças sairem mortas de fome e comprarem aos montes os donuts. Eu, se fosse criança, compraria. Tive a sensação de grandiosidade, misturada com muito poder, como se tivesse acertado na loto.
Seriam então nossos pensamentos que regem nossas sensações? Vamos encaminhando um pensamento para o outro, para outro, para outro e então no fim das contas o pensamento finall se liga a sensação..thats all?
Meu Dunkin Donuts poderia ter ido a falência, as crianças poderiam ter preferido o mac flurry e um pensamento leva ao outro que leva ao outro e entao no fim de tudo minha sensação é de abandono misturada a um sentimento de tristeza?

Será tudo culpa dos nossos pensamentos?
Então porque, muitas vezes, quando tudo parece correr mil maravilhas, nos sentimentos para baixo? Porque as pessoas dizem que quando nada poderia estar mal, elas na verdade se sentem mal? Se fosse só os pensamentos, não seria fácil responder a eles?

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

aah droga, escrevi um texto e esqueci de colocar no pen drive..
buenas, voltei de viagem sabado.. varios dias viajando sozinha me fizeram pensar em muita coisa, mas o melhor conselho a dar é: viagem sozinhos! as oportunidades aparecem e sozinho nunca se fica.. foi muito bom, fazer o que eu queria, comer a hora e o que eu queria e poder conhecer pessoas que talvez em um grupo eu nao teria conhecido.. obvio que viajar com amigos é otimo, mas acho que tudo tem sua hora...

essa foto a primeira é o porto e o resto eh na viagem...

uma coisa muito doida que aconteceu na viagem foi que qndo eu tava pegando um trem pra algum lugar eu vi um cara tremendo, mas TREMENDO PRA caramba, todo meio podre, roupa suja. Obviamente ou ele tava bebado ou tava abstinente de alguma coisa. Mas era muito foda porque todo mundo se afastava dele, ficava com medo e nojo. Ai ele tombou bonito no chao e ninguem foi ajuda-lo, serio foi muito foda. Eu fiquei muito chateada e comprei um waffle que tinha la e levei pra ele e perguntei ´are you ok sir?´ mas ele nao devia falar ingles porque me respondeu algo como ´o que? ´ em frances. Ai eu apontei pra ele e fiz um legal com o polegar. Ele me fez um mais ou menos com a cabeça e entao eu ofereci o waffle, ele fico super contente e me agradeceu. Primeiro eu fiquei super feliz, achando que eu tivesse salvado uma vida com aquele waffle, mas depois eu vi que fiquei feliz pela maneira que ele me agradeceu. Eu quis ajudar, mas essa ajuda poderia ter sido muito mal interpretada e o cara poderia ter ficado brabo comigo e ter sido rude ao me responder.

Aí fiquei pensando, estou lidando com uma pessoa, nao tem como saber como ela vai reagir a mim. Poderia ter levado muito na má fé e achado que eu o estava ofendendo. Talvez, por se tratar de um ser humano, na qual os comportamentos respondentes raramente são previsíveis é que as pessoas se afastam, ficam com medo ou nojo. No fim, talvez não dê pra julgar quem não ajuda, até porque lembro de maes de amigas minhas que foram dar moedas no sinal e o pedinte achou que fosse pouco e jogou de volta na cabeça dessas maes. Algumas maneiras de agradecer acabam por afastar mais as pessoas, que já não querem ter que encarar aquela realidade, um contexto que não é o delas.

Na viagem mesmo em Marseille, eu e o pessoal do hostel fomos fumar narguile e na volta um cara MUITO GIGANTE com uma maleta e terno tava com o nariz sangrando veio e deu um encostao num dos australianos que estavam com nós. O guri afasto o cara, que tava muito bebado e a gente continuo andando. Mas esse cara tombo num degrau e fico esborrachado no chao (cheio de neve). Primeiro eu achei que ele tava morto, mas o pessoal correu pra ver se tava td ok e o australiano ajudou ele a levantar. O cara primeiro levantou e depois cuspiu na calça do australiano.

Por isso eu digo.. nunca se sabe como uma pessoa vai reagir a uma ajuda, pode ser da melhor forma possivel, como da pior forma e isso só acaba por afastar mais ainda as pessoas..