sexta-feira, 24 de setembro de 2010

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Caramba, essa semana foi a semana foi um terror! As aulas começaram segunda,os horários são todos quebrados e por medo de ter tempo muito tempo livre,  resolvi fazer um curso de língua estrangeira que começa às 19 e meia e termina 21 e 30. O problema é que demora uma hora pra ir e outra pra voltar. Estou cogitando a idéia de pedir um certificado 120 horas ao invés de 60.. bastante justo.

Também essa história de entregar jornal ta me matando. Percebi que além de ser um trabalho meio escravo (porque precisa acordar muuuito cedo, te dão pilhas de jornal, se fica em pé durante horas e etc), você passa por diversas situações malucas na rua: desde ser completamente ignorado até lhe comprimentarem com muito bom humor, fazer piadinhas...há de tudo. Já percebi que várias pessoas se espantam comigo lhes entregando jornal, com certeza passa na cabeça delas a pergunta "O que uma rapariga tão jovem faz trabalhando neste sítio?" (ainda mais com minha cara de 15 anos). Mas hoje aconteceu a situação mais estranha de todas: eu tava entregando os "Metros" e uma senhora (velhaca diga-se de passagem, sem dentes e corcunda) chegou para mim e perguntou o que eu estava a fazer no Porto e onde estava minha família. Lhe respondi que estava estudando e que minha família estava no Brasil. A senhora pareceu assustada e então disse "mas a menina recebe alguma ajuda?", "sim senhora, tenho ajuda dos meus pais". Acho que ela não acreditou muito em mim, pois me deu um euro (os jornais que entrego são gratuitos) e disse para que eu fosse comprar um bolinho quando eu saísse do trabalho. Disse a ela que não precisava e blablabla porque realmente não tinha necessidade mas ela não quis saber de me ouvir e foi embora. Achei legal da parte dela, o gesto bondoso eu quero dizer, mas aí eu fiquei pensando como as pessoas são mal julgadas. Eu estou ali, entregando jornal não exatamente por necessidade (claro que dinheiro sempre vem bem),  mas pelo fato de ser jovem e estrangeira, a senhora já pensou que eu estava passando uma necessidade e aceitei o primeiro emprego que vi pela frente. Enfim..

Outro julgamento bastante comum por parte dos portugueses com as brasileiras é de acharem que as brasileiras são garotas de programa. Como muita menina veio pra cá e se prostituiu, eles ficam meio espiados quando alugam casas para saber se são mesmo estudantes. Algumas gurias até já sofreram desmoralização (por exemplo, de rapazes perguntando quanto é o programa) e já me falaram que é normal. É preciso saber se defender apenas. Conversei sobre isso com dois colegas meus portugueses, sobre a imagem que eles têm do Brasil e eles falaram que um dos motivos é esta história da maioria das garotas de programa serem no nosso país e outra coisa é que nós, por sermos um povo muito "abertos", muito informais (não usamos muito senhor e senhora, nós gauchos usamos muito o "tu"), parecemos "atirados". Enfim..culturas diferentes.

e aí vai fotos da noite do vinho.. a moral é completar o armário da casa de um dos amigos porque eles não tem decoração... (tiago, tangará, diego -filho do prefeito de lacerdópolis hein e do felipe).


2 comentários:

  1. tá se puxando hein Li, ficar com medo de ter muito tempo livre...só tu mesmo ahuhauh
    impressionante como tu combina com uma garrafa de vinho! ahusah tá mui linda Li!!
    continua o blog aí q ta legalzao!
    beijãooo querida

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  2. Combinar combina, mas só para propaganda, ve se não vira muito fã.....
    Ta tudo muito lindo. Te amo

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